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Cody Webb conta como é um dia típico no EnduroCross
29/05/2018
Curiosidades

O piloto californiano Cody Webb é uma estrela no EnduroCross e tem várias vitórias na sua carreira, desde 2003 quando se tornou profissional. Nesse post ele nos conta como é um dia típico no EnduroCross.

Manhã da corrida

“Na manhã de uma corrida de EnduroCross eu durmo pouco porque o show da noite acaba quase 23h. Muitas vezes depois de acordar eu vou dar uma pedalada com um rolo de treino ou bicicleta ergométrica da academia do hotel, assim me aqueço e fico relaxado. Após me alongo e vou tomar café da manhã. Geralmente chego na pista lá pelas 9h30 ou 10h e assisto um pouco do treinos amadores.” 

Conhecendo a pista

“Assim que eu chego na pista, vou dar uma olhada no formato e tamanho das pedras. Eu gosto de ficar ao lado da pista só observando os amadores passarem pelos obstáculos, para depois me concentrar no percurso em si.”

Treino e ajustes na moto

“Eu costumava fazer várias mudanças na moto depois do treino. Ano passado senti que estava lutando para conseguir a configuração certa, que isso variava e dependia de pista para pista. Geralmente eu mexo na suspensão, só uns pequenos ajustes para ela subir mais fácil. Mas esse ano senti que a 350 está sendo bem versátil. Acho que também é um lance de confiança: eu digo a mim mesmo que minha moto é ótima, eu confio nela. Preciso acreditar que não tenho que mexer em nada.”

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Vídeos e outros ajustes

“Nós gravamos todos os treinos, tanto os meus quanto dos outros pilotos. Em Everett eu tive um problema de saúde onde meus músculos estavam tensos devido a um acidente anterior, então nessa fase eu deitei para fazer meus alongamentos e relaxamentos enquanto assistia a todos os vídeos. É importante assisti-los porque assim eu posso ter uma noção de em qual sessão posso ganhar mais tempo sobre meus adversários - fundamental para as minhas corridas.”

Pneus

“Nós basicamente usamos pneus macios e grudentos (aderentes), porque eles são os melhores e eu me sinto confortável usando esse tipo de pneu no EnduroCross. Eu nunca troco o traseiro. Já debati sobre trocar o dianteiro, mas me sinto bem com o MX52. Nós usamos tire balls em ambos, porque são mais leves e permitem que se ajuste perfeitamente a pressão desejada. Em Everett, eu estava saltando e  tinham esses barris de metal como obstáculos. Eu podia sentir a moto batendo muito enquanto passava por eles. As tire balls ficam livres para moverem-se ligeiramente dentro do pneu, e eu sentia o aro quase quebrando. Como eu não queria me preocupar com algumas delas estourando - e potencialmente estourar o arame, decidi trocar pela mousse. Foi a primeira vez que usei mousse nos últimos três anos, e acabou sendo uma vantagem para mim.”

Obstáculos

“Meu foco principal é na sessão de pedras porque é onde eu faço meu melhor tempo. Nesses últimos anos eu sabia que a minha fraqueza eram as outras sessões da prova, como os saltos e tudo mais, então eu procurava ajustar minha moto mais voltado para essas sessões. Mas comecei sentir que a configuração da minha moto estava meio ultrapassada, então nesse ano eu basicamente decidi deixar ela ajustada para aquilo que eu sou melhor e estou me virando nas outras partes da prova.”

Pontos fracos

“Eu não vim de um cenário de moto, então eu perdi um pouco dessa agressividade. Algumas curvas eu não estou fazendo tão rápido quanto deveria, por exemplo. Meus pontos de frenagem e aceleração não são tão bons quanto dos outros pilotos. Você vê alguns dos jovens pilotos que praticam EnduroCross fazendo saltos duplos e se mantendo baixos, meio que mantendo a moto para baixo. Eu simplesmente acelero tudo e flutuo até que aterrize novamente. Às vezes, quando você está conhecendo a pista, você pensa “eu consigo fazer isso”. Se for um salto muito complicado, vai levar algumas voltas até que alguém acerte no treino, ou talvez ninguém nem acerte até o próximo treino. Não é sempre, mas às vezes as pessoas acham que vamos fazer algo e no fim ninguém consegue. Normalmente eu gosto quando ninguém consegue fazer, porque aí eu também não preciso.

Starts

“É importante ver as outras largadas antes da sua corrida para ver se eles estão segurando bastante o gate ou baixando rapidamente. Isso te dá uma dica de quanto acelerar enquanto estiver esperando cair. Você não precisa ficar ali acelerando o máximo e esquentando o motor. Isso vai mudar as coisas na primeira volta antes de resfriar tudo outra vez.”

Condicionamento

“Para ser honesto, eu não sinto que estou 100% no EnduroCross. Minha cardio está boa, mas há alguns pontos a melhorar. Eu estou lá correndo, suando muito e sem fôlego, mas eu consigo correr 90% do meu potencial o dia todo e ser super eficiente, volta após volta. Mas pra eu conseguir alcançar os outros 5% ou 10% que faltam, por mais que meu cardio esteja legal, meus braços começam a travar e eu começo a cometer erros e ter dificuldades. Eu posso dar um extra em uma volta, mas ir para as próximas com 100% de aproveitamento é difícil, já começo a cometer esses erros.”

Estratégia

“A medida que eu fui melhorando, fui pegando um pouco mais leve ao chegar em um obstáculo. É quase como tratar uma sessão de pedras como uma sessão whoop no supercross. Chegar mais de leve e ir construindo velocidade conforme avanço. Não é isso que parece para o olho humano, mas conforme entro no obstáculo e vou pulando e aterrizando, uso pouquíssima aceleração. Depois eu vou acelerando gradualmente conforme vou passando, ao invés de colocar toda a potência e girar muito a roda traseira de cara.”

As pedras

“As sessões de pedra dessa temporada tiveram pedras bem grandes, pra ser sincero. Eles fizeram um bom trabalho empilhando elas para ter algumas linhas. Se você sair de uma determinada linha não está necessariamente ferrado. Nos anos passados eles deixaram uns buracos bem grandes, e isso deixava as pessoas com grandes problemas. Eu sinto que esse ano estou tranquilo para correr o risco e entrar, porque não tem más consequências como nos anos passados.”

O evento principal

“Na linha de largada às vezes  percebo que estou com uma postura horrível, então tento abrir meu peito e meus ombros e tentar ter um melhor fluxo de ar. Então em cima da moto antes de largar, estico meus antebraços para tentar ficar mais solto e tranquilo. É muito importante evitar que meus braços fiquem muito mais tensos do que a necessidade de intensidade que o EnduroCross pede.  Quando eles levantam a placa de 30 segundos, é quando eu coloco meus óculos de proteção. Eu tenho a estranha mania de ajustar meu óculos o tempo todo, pareço louco Como vou ficar pulando nos próximos 12 ou 15min, preciso ter a certeza de que eles estão firmes e não caiam - eu balanço a cabeça para confirmar que estão bem presos. Uma vez que acho que o gate vai cair, mudo o foco totalmente e só penso na largada. A partir daí eu me cobro forte, tento abrir uma boa vantagem na competição e acelerar de forma consistente sem cometer erros até a linha de chegada, de preferência vencendo.”  

Texto original por Shan Moore (site Dirtrider), traduzido e complementado pela MX Parts. Fotos por Tanner Yeager e Diahann Tanke.

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